Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant

Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant
Com licença para mais uma das minhas apropriações, está placa também inalgurará meu Blog. hehehehehe. Detalhe interessante: O pedagogium abrigou em uma de suas salas os primeiros eventos da Academia Brasileira de Letras.

domingo, 26 de julho de 2009

Síntese Conclusiva

Esta postagem pretende apresentar uma síntese conclusiva acerca de tudo o que foi proposto pela ementa do curso em relação ao que foi proposto e exposto durante as aulas da disciplina TAELP I.
Uma das primeiras temáticas abordadas pela disciplina e que serviria permearia toda o processo de aprendizagem da disciplina foi a questão da Avaliação formativa. Pudemos observar a necessidade de estabelecermos uma avaliação condizente com o objetivo maior da educação, que é o compromisso com o educar. Desta forma, fica claro que uma avaliação pertinente com esse objetivo deve focar a aprendizagem significativa, e não fixar os olhares para a obtenção notas pelos alunos. Para que isso se dê é fundamental elaborar o processo educativo com base no diálogo, um trabalho nem sempre fácil, mas necessário para obtenção de resultados de qualidade.
No que diz respeito à formação da criança permeia os primeiros contatos que ela tem com o mundo letrado, momento anterior ao seu ingresso na escola e que na maioria das vezes é ignorado por ela. Da mesma forma, se entendimento da leitura e da escrita é elaborado progressivamente, apresentando em alguns momentos dificuldades de sistematização da técnica da leitura e da escrita, que só serão amenizadas posteriormente a classe de alfabetização. Uma forma de trazer o mundo letrado para a escola foi o trabalho com rótulos, onde a criança pode identificar em objetos conhecidos do seu cotidiano a projeção da grafia e da leitura.
O trabalho com rótulos também nos propõe a trazer para a escola diferentes tipos de textos com a finalidade de apresentar aos alunos sua funcionalidade para o meio social analisando suas características particulares para esse fim. Esse trabalho, porém, exige do professor que tenha pleno conhecimento da diferença entre tipos de texto (forma como cada texto é escrito) e gêneros textuais (característica específica do texto, de acordo o seu propósito). Nessa perspectiva, entendemos que se faz necessário para uma aprendizagem significativa que os conteúdos sejam passados de forma prazerosa para a criança.
Para nos aprofundamos mais, percebemos a necessidade de entendermos as temáticas que permeiam a oralidade, entendendo a importância da mesma para a construção da escrita. É interessante destacar que é através da oralidade que a criança aprende os primeiros conceitos de estrutura sintática e já adentram a escola com esses pontos apreendidos. A partir daí, a leitura nos propõe estudarmos uma série de características da oralidade, e com a proposta de trabalho apresentada pelo professor, pudemos criar nossos próprios exemplos frente a essas características, o que, a meu ver, foi fundamental para o entendimento desses conceitos. Com esta temática, entendemos que a criança deve perceber que a oralidade é uma variável, de acordo com o momento em que estamos, e que a mesma deve se adequar a esses momentos, sendo eles formais ou informais.
Ao nos aprofundarmos sobre a alfabetização, surgem com mais força os debates acerca da bagagem cultural que a criança traz para a escola, através dos mais variados estímulos, e como, de fato, o professor, uma das fortes influências da criança, pode aproveitar essa bagagem. Tratamos também de como as crianças, sejam elas de quaisquer classes, tem condições de aprenderem sendo estimuladas. Voltamos também a rever a importância de diferentes materiais escritos utilizados de diversas formas, sempre com o intuito de fazer a criança refletir sobre o que está elaborando, utilizando o diálogo como forma de aprendizagem. Para a escrita, é fundamental a utilização de materiais concretos para que a criança possa estabelecer relação entre leitura e escrita. Nesse sentido, a proposta maior é trabalhar de forma que a aprendizagem seja prazerosa e significativa para o aluno, atingindo, assim, o objetivo do educar.
Esta perspectiva de significado para o aluno perpassa também pela questão do regionalismo. Por ter um nosso país um vasto território e, além disso, termos variações lingüísticas até mesmo dentro de um estado, fica clara a necessidade de o professor dominar a prosódia, como dito em postagem anterior significa especificidades da língua, no sentido de identificar o que é dificuldade ou deficiência do que é particularidade, sem, no entanto, discriminar o aluno. Isto pode ser trabalhado com leitura e construção de histórias, inserindo sempre o que está sendo estudado ao contexto real do aluno.
A última temática, mais conceitual a cerca da alfabetização, focaliza os modos de aquisição da leitura e da escrita pela criança, indo de estágios menos evoluídos para os mais evoluídos. Estes estudos, com base nas teorias de Jean Piaget, apontam que a criança recebe novas informações, trabalhando-as com as que já possui e, a partir daí, concluindo de forma particular um novo aprendizado a partir da construção de uma hipótese. Entretanto, cabe ressaltar que estas resoluções partem de conflitos que as crianças apresentam no embate entre novas idéias com as que já tem. É a partir daí que a criança vai formular lógicas que vão sendo adaptadas a medida em que vai equilibrando as novas informações até alcançar o nível em quem estará apta para ler. Com relação a isso, fica claro que a escola deve estar atenta a cada aluno e a sua forma de conceber e formular as informações. Para isso, o professor deve estar atento ao que se considera o “erro”, entendendo-o como um norteador da sua prática. Os métodos para esse ensino devem, então, estar pautados na construção racional e contextualizada do aluno, atentando para o ambiente e para formas mais interessantes de aprender.
Em suma, o que fica caracterizado para nós é que muito se fala sobre a alfabetização, mas o que é de responsabilidade do professor, e que permeou todos os nossos debates, é que a atenção ao que é específico do aluno deve ser o norteador para o trabalho do professor; é o aluno quem vai estabelecer o que deve ser trabalhado e de que forma. Atento a este pressuposto, o professor certamente estará exercendo seu papel e alcançando os objetivos propostos satisfatoriamente.

Um comentário:

  1. Excelente síntese! Abordou os pontos mais relevantes da disciplinas, fazendo uma apanhado completo de nossa trajetória.

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