Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant

Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant
Com licença para mais uma das minhas apropriações, está placa também inalgurará meu Blog. hehehehehe. Detalhe interessante: O pedagogium abrigou em uma de suas salas os primeiros eventos da Academia Brasileira de Letras.

domingo, 31 de maio de 2009

Avaliação da Disciplina - TAELP

Pretendo com esta postagem fazer uma pequena mostra das minhas percepções sobre a disciplina TAELP, o conteúdo abordado e o processo de avaliação que temos vivido desde o início do curso.
Em primeiro lugar gostaria de destacar que a minha avaliação não condiz necessariamente com a posição da turma como um todo, mas é apenas o modo como tenho lidado com a evolução da disciplina ao longo dessa primeira fase do curso.
Um dos pontos que gostaria de destacar são os conteúdos apresentados até o momento.
Tanto nos textos como em sala de aula foram discutidos temas importantes para a questão da aprendizagem de nossa língua mãe, o português. Dentre os temas discutidos cabe destacar a necessidade de contextualização da leitura e da escrita para promoção de uma aprendizagem significativa para o educando. Da mesma forma, existe a necessidade de se aproveitar a bagagem que este mesmo aluno já traz de suas vivências em sociedade . Sobre isso, o profissional da educação que trabalha com o ensino deve ficar atento a essas especificidades e, mais do que isso dar voz ao seu aluno, fazendo uma ponte entre as vivências externas a escola com os conhecimentos científicos propostos pela educação escolar, respondendo aos anseios da classe que se apresentam no cotidiano escolar. Outro ponto que ao meu ver merece destaque com relação ao que foi proposto em sala de aula e discutido foi a utilização de diversos tipos de gêneros textuais no sentido de ampliar os conhecimentos do aluno com relação ao que cada tipo de texto e fazer com que perceba a estreita ligação entre o tipo de formatação com o que se propõe a comunicar.
Ainda com relação a essa temática quero ressaltar, entretanto, que como vivemos um momento de transformação em nosso curso e já tínhamos perpassado por duas disciplinas de Língua Portuguesa, percebo que muito dos itens selecionados para esta disciplina até agora já havia sido dado a nós, não só pela professora das outras duas disciplinas, mas na faculdade como um todo. Temas como a criança em contato com o cotidiano, trabalhando com o lúdico, e a atenção do professor as especificidades de cada educando são temas já explorados em muitos momentos durante o nosso curso. Entretanto, cabe destacar aqui que este sentimento de repetição pode ter sido desenvolvido através da expectativa que criei com relação a disciplina no sentido de oferecer mais conteúdos relacionados a alfabetização em si, seus percalços e os teóricos relacionados mais especificamente com esta área, e que pode também ser um conteúdo que ainda será abordado.
Outro ponto que gostaria de destacar é o modo de avaliação que foi abordado. Acredito realmente que existe em todos os níveis da educação a necessidade de uma avaliação formativa e participativa, que inclua o educando no processo de aquisição do saber, e que não apenas transforme-o num “marionete” trabalhando com processos miméticos de apreensão do conhecimento, processos estes, como muito já vimos, ineficazes. Entretanto, o meio utilizado e a forma como vem sendo utilizado para que esta avaliação seja desenvolvida é, a meu ver, um ponto negativo desta disciplina.
O Blog é uma ferramenta da Internet pouco utilizada e, por isso, pouco difundida. Desta forma, exige a necessidade de ser aprendida em sua totalidade por todos os alunos (pelas “conversas de corredor” que andei tendo, quase nenhum aluno teve um contato prévio com esta ferramenta).
Desta forma, além de a disciplina nos exigir um desprendimento de tempo para nos dedicarmos aos trabalhos pedidos em sala de aula (que aconteceram em quase todas as aulas), ainda precisamos nos dedicar a aprendizagem das ferramentas e artifícios necessários a elaboração do portifólio eletrônico, que vai além das ferramentas de utilização, mas diz respeitos a fotografias, vídeos, animações e outros apetrechos que vão além do conteúdo da disciplina. Desta forma, tenho percebido que o enfoque da matéria está indo dos conteúdos a serem abordados para o ensino de língua portuguesa para a aprendizagem de um tipo de ferramenta de Internet.
Ora, visto que a maioria da turma se encontra no oitavo, nono ou (*pasmem*) décimo período, percebo que muitas vezes nos parece um tempo dispensado a um conhecimento secundário, tempo este que poderia, e em nosso caso me dou o direito de dizer deveria, estar sendo dispensado a outros trabalhos indispensáveis, como a monografia e o estágio obrigatório.
Além disso, tive a percepção, no inicio das aulas, que este trabalho seria pensado de forma coletiva e que todos teríamos voz para discutir a estruturação do mesmo. Mas o que temos visto é um trabalho obrigatório e imposto, e uma quantidade de postagens superior a que tínhamos imaginado.
Em suma, um trabalho que nos pareceu interessante no início do período está sendo um fardo pesado de carregar. Da mesma forma que já ouvimos e discutimos incansavelmente ao longo desses cinco anos que a realidade e as especificidades do aluno devem servir de parâmetro para a formulação de um planejamento voltado para a aprendizagem, penso que as aulas devem ser adequadas para nossa situação de concluintes de um curso de pedagogia, e ainda mais aos migrados. Da mesma forma, um dialogo mais aberto no que diz respeito a construção desta avaliação, onde possamos ser participativos neste processo seria de grande valia para formarmos um grupo democrático, no sentido mais específico da palavra. Acredito também que seria mais produtivo se o foco da disciplina fosse tirado das postagens para os conteúdos em si, seja com a diminuição das postagens ou avaliação continua utilizando outras ferramentas.
Não gostaria que o professor, ao ler esta postagem, levasse meus comentários como uma afronta, mas como uma crítica construtiva ao trabalho que temos feito com vistas a uma melhor adequação para todos.
Um grande abraço a todos.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Gênero Textual X Tipologia Textual


Como exposto em sala de aula, percebemos que existe a necessidade do professor de língua trabalhar com diferentes textos, mostrando ao aluno a importância das informações de cada um, como já foi apresentado com as atividades de auxílio à leitura e escrita iniciais.
Entretanto, é de suma importância que esse mesmo professor tenha em mente dois conceitos muito importantes para embasar essas atividades: gênero textual e tipologia textual.
Essas duas conceitualizações são muito difundidas, porém confundidas entre si (confesso que me pareceu a mesma coisa, a princípio... rs*).
Destacando as definições com base em Marcuschi podemos dizer que quando nos referimos a gênero textual estamos caracterizando os mais diversos tipos de textos, cada um deles com uma finalidade particular a ser cumprida e, por isso, apresentam uma característica específica. Já a tipologia textual se refere a forma como cada texto é escrito. Pensando nessa perspectiva, percebemos que pode haver textos que tenham um gênero específico, mas que apresente diferentes tipologias textuais.
Para o aluno, esse tipo de conceitos para é importante para que percebam as minúcias de cada gênero de acordo com o que se pretende informar e as diversas tipologias agindo em prol do que se quer transmitir, ou seja, mostrar a importância social do texto.
Porém, para que isso se dê é necessário que estes conteúdos sejam trabalhados de forma prazerosa e com significado para o educando, para que o mesmo tenha uma melhor percepção dos conteúdos abordados e internalize-os de forma mais eficaz.

domingo, 24 de maio de 2009

Morte ao Gerúndio!!!


Gente...
Já tinha comentado com algumas pessoas que faria esta postagem.
Estou ficando preocupada com o emprego do gerúndio pelos falantes (em especial os que educo... rs*)
O gerúndio é uma forma verbal que indica uma ação que está em andamento, algo que não está completo. Essa forma verbal sempre é formada pela partícula –ndo unida ao verbo.
Acredito que as pessoas falaram tanto do "gerundismo", aquele uso excessivo e inaplicável do gerúndio, tão marcadamente entoado pelos operadores de telemarqueting ("vou estar verificando" ou "pode estar esperando", por exemplo), que agora o "pobre" gerundio está morreNDo!
Uma nova moda surgiu: a do " tô pagaNO!!!" (fala chave da personagem Lady Katy, do programa Zorra Total).
As pessoas não tem mais pudor em usar, ao invés do "ND" característico do gerúndio, usar apenas o N... Estão, elas agora estão pagaNo, bebeNo, sorriNo... Isso é uma característica constante na fala de meus alunos, de seus pais (como já pude notar em alguns casos) e até na fala de pessoas próximas...
Ainda não verifiquei que fator leva a esse "fenômeno" de nossa língua, mas percebo que há uma proliferação nas classes mais populares e ainda é incitada específicamente por essa personagem na mídia, tão aclamada pelas crianças.
Tenho, enquanto profissional da educação, travado uma batalha nesse sentido, mas estou expondo minha aflição e pedindo a ajuda de todos no quisito sugestões.
Vamos Lá ... Me ajudem a salvar o gerúndio!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Leitura e Escrita Inicial

A temática abordada na aula dois e três da disciplina TAELP faz muita relação com a minha própria prática docente.
A princípio o professor se colocou com relação ao modelo condutivista, que chamamos de tradicional, o qual o aluno aprende de forma seqüencial, do simples ao complexo. Neste caso, a aluno seria apenas um receptáculo. Já no modelo construtivista este mesmo aluno seria o ator principal de sua aprendizagem, podendo adquirir o mesmo de diversas formas e seqüências.
A questão da bagagem que a criança traz de seu primeiro convívio social e do mundo a sua volta, que é um mundo letrado, é enorme e muitas vezes rejeitada pela escola. Entretanto, posso perceber que esta mesma bagagem é que vai dar respaldo para que esta criança faça as primeiras articulações do som ao signo escrito.
Com tudo isso, ainda temos a dificuldade, citada no texto, que é a questão da escrita e fonética de algumas letras na língua portuguesa. Um exemplo da minha turma é a dificuldade entre as letras “g” e “j”. Na escrita da palavra gato o “gê” é acrescentado sem nenhum problema, mas para a palavra jogo a maioria utiliza também a letra “gê” na sílaba “jo” (escrevem “gogo”). Estou trabalhando duro com minha turma para a compreensão destes “pequenos detalhes” de nossa língua mãe.
Após a leitura do texto o professor nos ofereceu uma proposta de trabalho que consistia em trazer para a turma atividades que pudessem trabalhar a leitura e a sua prática para as séries iniciais. As minhas sugestões são as seguintes:

Elaboração de Livro Infantil:

Este livro foi elaborado a partir da leitura de algumas histórias durante a semana com meus alunos. (trabalhei com o livro visto que era a semana de comemoração). Entretanto, a proposta foi de pegar alguma história de lobo, que foi eleita a “mais legal” pela turma e transformá-la em uma história diferente. Pedi aos alunos que elegessem alguns personagens para colocar na história e eles escolheram além do lobo, a Chapeuzinho Vermelho, o Super-men e a Pequena Sereia e criaram uma história.
Fui então escrevendo no quadro com a ajuda dos mesmos, sempre atenta a leitura de cada palavra e informando novas junções e sons. Atentei também a questão da estruturação do texto, observando com eles a seqüência cronológica dos fatos. Por fim, cada um copiou em seu mini-livro, ilustrando-o cena a cena. Avaliei esta atividade como produtiva, porque percebi que eles se deram conta que foi uma criação de cada um, até mesmo a escrita (falas do tipo: “olha o que eu escrevi!”), além de estimular a criatividade de cada um e fazê-los trabalhar em equipe, o que muitas vezes é difícil.

Hemeroteca

Uma outra atividade que faço em minha sala e que acredito contribuir para a aquisição da leitura e gosto pela mesma é a Hemeroteca (do verbete: lugar onde se arquivam jornais e outras publicações periódicas).
Pedi a cada criança que pesquise junto com seus pais e leve todas as segundas-feiras uma reportagem de jornal ou revista que tenha chamado sua atenção. Em sala faço a leitura de cada reportagem com eles, mostrando sua diagramação e fazendo comparações com os outros tipos de gêneros literários, e coloco em um mural próprio. Tenho percebido que eles visitam o mural posteriormente e existe a tentativa de leitura por parte de alguns. O mais interessante é que quando alguém descobre uma palavra, todos os outros vão até a mesma palavra ler novamente, pra reafirmar sua habilidade na leitura (bonitinho, não?!).

Trabalhando com Rótulos
Por último, andei pesquisando com relação a rótulos e achei algumas atividades legais, dentre elas destaco aqui o bingo de rótulos. Acredito que mais especificamente trabalhar com rótulos é uma atividade que tem um impacto maior no sentido em que faz parte do cotidiano da criança, tornando-se mais significativo do que algumas outras atividades.
Além da brincadeira, que chama atenção, a sugestão dada pelo professor é a de fazer a leitura do rótulo como um todo, como um meio de mostrar informações relevantes sobre determinado produto. Bom, pretendo fazer ainda esta atividade e postarei minhas conclusões assim que puder, ok?!

Como disse acima, tenho testado algumas dessas atividades e tenho visto que apesar de trabalhosas são mais imactantes que o velho método "cuspe e giz". Então vale a pena o esforço em prol dos nossos objetivos.
Até a Próxima e um beijo grande a todos!

sábado, 16 de maio de 2009

Avaliação formativa: Considerações

Ao analisarmos o texto “Construindo um portifólio eletrônico”, do Professor Ivanildo de Araújo, podemos observar a importância da avaliação no processo educativo.
Fica claro que para o aluno estabelecer relação entre si e os conhecimentos que está recebendo é necessário que a postura do educador não seja de detentor de todo o saber, mas também de sujeito: um sujeito que também aprende, que tem dificuldades e que não é um modelador de alunos. Na realidade, acredito que a chave desta questão é o diálogo entre professor e aluno. O professor deve ser um orientador; provocar em seu aluno a autonomia e organização, para que este, a partir daí, promova seu conhecimento, mesmo que para se alcançar este diálogo tenhamos que ultrapassar as barreiras dos “códigos autoritários” que os alunos trazem arraigados dentro de si.
Com relação a isso, Paulo Freire diz que “o bom clima pedagógico-democrático é o que o educando vai aprendendo à custa da sua prática, mesmo que sua curiosidade e sua liberdade devam estar sujeita a limites, mas em permanente exercício”. (FREIRE, p.85)
No entanto, este mesmo educador deve estar seguro de que este tipo de avaliação é um trabalho árduo e trabalhoso, mas que tem resultados mais satisfatórios e pautados nos objetivos reais da avaliação.
Um outro ponto a se destacar é a necessidade de abandonarmos o caráter idílico e salvacionista de determinados métodos em detrimento a outros. O que deve acontecer, como o próprio texto propõe, é a análise de cada aluno em sua particularidade e a escolha de uma avaliação mais direcionada a suas especificidades. Sendo esta mesclada ou pura, a avaliação deve não só quantificar, mas corroborar para a elevação do aluno.
Em suma, a avaliação formativa não tem o caráter excludente, na medida em que classifica o aluno, da avaliação normativa, e passa a ser um instrumento de auxílio na aquisição da aprendizagem, além de servir de norteador para o próprio educador, fazendo com que o objetivo real da educação, que é a aquisição da aprendizagem, seja alcançado em sua plenitude ao invés de apenas classificar. Neste sentido, garantir que de fato se assegure um ensino de qualidade para que realmente possam apresentar a aprendizagem esperada deve ser compromisso do educador
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