Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant

Placa Comemorativa da pedra fundamental do Pedagogium, destinada ao Dr. Benjamin Constant
Com licença para mais uma das minhas apropriações, está placa também inalgurará meu Blog. hehehehehe. Detalhe interessante: O pedagogium abrigou em uma de suas salas os primeiros eventos da Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Educação e Regionalismo


O texto do Erik Jacobson, abordados nas aulas dos dias 16/06 e 23/06, traz a tona o bilingüismo, uma série de diferenciações na língua em termos regionais, em especial em nosso país que tem grande dimensão territorial. Isso exige do professor que execute “várias alfabetizações”, atendendo as especificidades do aluno e pensando nas múltiplas culturas e regionalidades encontradas em nosso país.
Nesse sentido, o professor precisa ter o domínio da prosódia, da especificidade da lingüística, diferenciando-a do que é dificuldade ou deficiência.
Com esta discussão, levantei a questão do gerúndio, que já foi uma de minhas postagens. O professor ressaltou que a colocação do gerúndio como vem acontecendo é um fator chamado funcionalidade da língua: essa referencia demarca uma característica da estrutura da fala, dada muitas vezes pela prática social, que é mais liberta em relação a escrita, modalidade que necessita de mais formalidades e regras.
A sugestão para se trabalhar em sala de aula feita pelo professor Ivanildo foi colocar como uma situação-problema, evidenciando as situações em que se pode falar de determinada forma ou não, para que os alunos construam esse conceito, internalizando-o. Ficou bem claro, nesse sentido que devemos abolir o preconceito lingüístico que ainda está inserido em nosso meio (me coloco no lugar *sorry*).
O texto destaca também que a construção de histórias com as crianças, mesmo estas não sabendo ler ou escrever, é uma prática importante para ampliar a se estruturar oralmente e estimular a criatividade. Nesse sentido, a prática da conversa na escola se apresenta como um artifício no sentido de que traz a realidade de cada aluno, que deve ser levada em consideração, mas não ser o único contexto.
Ao perceber as especificidades, regionais ou pessoais, dos alunos cabe ao professor modalizar a linguagem, adequar a linguagem aos contextos comunicativos daquela localidade. Os métodos também devem ser adequados. Por exemplo, ao procurarmos uma palavra nova no dicionário, além do seu significado devemos aplicar aquela nova palavra ao contexto para que a mesma adquira sentido. Assim, estaremos fazendo uma ampliação do vocabulário de forma eficaz.
Um exemplo que dei em aula foi o de minha aluna, Maria. Estávamos estudando a letra “x” e dentre as outras palavras apareceu a palavra “mexerica”. Assim que leu, Maria me questionou quanto ao que era. Rapidamente disse que era “bergamota”. Ela mais uma vez olhou pra mim sem entender. Então, eu peguei algumas mexericas que tinha levado para a aula e ela falou: “Ah, isso é tangerina!”. Então eu expliquei para ela para toda a turma que tangerina no sul do país era chamada de “bergamota” e que no norte era chamada de “mexerica”. Então comemos as frutas e se passou a aula.
Na hora do lanche, percebi que as crianças estavam falando das frutas que mais gostavam. Quando chegou a vez de Maria, ela disse: “Na verdade eu gosto mesmo é de me...me...(pensou mais um pouco)... mexerica!”.
Naquele momento percebi que ela havia internalizado aquela palavra, fazendo questão de mostrar o conhecimento adquirido. Este foi, na prática, o que podemos chamar de uma contextualização da temática abordada, o que ajuda e muito na questão da aprendizagem, pois torna significativa.
É isso ai, galera. Até a próxima...

Um comentário:

  1. Suellen, a reflexão feita retrata bem as possibilidades de trabalharmos a língua portuguesa dentro das perspectivas de desenvolvimento da mesma. Considerar as falas das crianças é um dos pontos iniciais para avançar no processo de desenvolvimento da alfabetização e do letramento.

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